quarta-feira, 15 de junho de 2011

Estudo: O jovem e a religiosidade

Aqui está o roteiro de um estudo que fui chamada a fazer num grupo de mocidade espírita. Está em forma de tópicos, servindo apenas de princípio de reflexão para aqueles que se interessarem pelo tema.

O JOVEM E A RELIGIOSIDADE

INTRODUÇÃO

- Perguntar ao grupo o que entendem por religiosidade e registrar num quadro.

DESENVOLVIMENTO

- Trabalhar diferença entre religião e religiosidade:

Cada Religião: É uma doutrina filosófica específica, embora todas versem basicamente sobre a relação entre as criaturas humanas e o seu Criador. Cada uma tem seus próprios pontos de vista doutrinários. É revelada DE FORA PARA DENTRO. Tem estruturas definidas, preceitos, dogmas, determinações.

A Religiosidade: É uma só (embora possa se manifestar de maneiras diferentes) e consiste simplesmente na interação entre cada criatura humana e o seu Criador, sem a obrigatoriedade do concurso dessa ou daquela religião.

Em outras palavras, a Religiosidade pode ser a ligação do ser humano a Deus.


- A raiz etimológica das duas palavras: religare: “ligar”, “prender”. Que se refere ao um religar-se/ ligar-se / conectar-se com a divindade.

- A religião é um meio e não um fim. O fim/finalidade é a nossa conexão com a divindade, com o sagrado.

- Experimentamos a religiosidade, ou seja nos sentimos religados ao Criador, em situações diversas, independente de estarmos num templo.

Ao fruirmos da experiência de beleza, de encontro, de introspecção, ao nos depararmos com o não explicado, não controlado, na alegria, na dor, na dúvida, na clareza, no obscuro.

- É a busca de sentido em tudo que existe, em tudo que fazemos.

- Ler citação de Einstein sobre sua experiência religiosa:
“A mais bela e profunda emoção que se pode experimentar é a sensação do místico. Este é o semeador da verdadeira ciência. Aquele a quem seja estranha tal sensação, aquele que não mais possa devanear e ser empolgado pelo encantamento, não passa, em verdade, de um morto.
Saber que realmente existe aquilo que é impenetrável a nós, e que se manifesta como a mais alta das sabedorias e a mais radiosa das belezas, que as nossas faculdades embotadas só podem entender em suas formas mais primitivas, esse conhecimento, esse sentimento está no centro mesmo da verdadeira religiosidade.
Minha religião consiste em humilde admiração do espírito superior e ilimitado que se revela nos menores detalhes que podemos perceber em nossos espíritos frágeis e incertos. Essa convicção, profundamente emocional na presença de um poder racionalmente superior, que se revela no incompreensível universo, é a idéias que faço de Deus.”


- Trabalhar letra da música: “Juventude e vida” (Lúcio Abreu e Tim)

Vida na verdade
É plena liberdade
Enriquecida de amor
Força da vida, o Bem em plenitude
Os braços da Juventude
Garantindo uma estrada florida
Como linda borboleta que sai do casulo
De asas tão coloridas
Surpresa descoberta
É a liberdade já quase perfeita

Juventude e vida
O Saber namora o coração
O Pai conta com a definição
De quem na Verdade valoriza a vida


(Ouça a música no site de Tim e Vanessa: http://www.timevanessa.com.br/mp3.htm - A música "Juventude e Vida" está no álbum "Pétalas da Inspiração")

- Juventude: fase de definições, de sedimentação das bases de nossa personalidade e de concretização dos primeiros passos na jornada independente.

Começamos a realizar mais escolhas e lidamos mais amplamente com a questão do livre arbítrio e da responsabilidade advinda dele.

- Fase em que temos mais energia e ao mesmo tempo maior exercício de escolha: o que pode nos impulsionar para um caminho de bem ou de dores, conforme utilizarmos nossos dons.

- “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (Paulo, I Coríntios, 10:23)
Como escolheremos entre o que convém ou não? Entre o que edifica ou não?
Uso da consciência.

- Mas nossa consciência muitas vezes se encontra entorpecida, vamos nos conduzindo por distrações e esquecendo o essencial.

- Longo período de sono: emergem conflitos, contradições e mantém-se sensação de incompletude. Se continuamos tentando agir sem enxergar o essencial, mais nos frustramos e sofremos.

- Precisamos DESPERTAR (ler trecho de “O ser consciente”, Joanna de Angelis, pg. 163)

- 634 (L.E.*)- BEM E MAL: estados transitórios que Deus nos apresenta para que o espírito ganhe experiência.

- Deus é amor, não existe nada fora de Deus, portanto deduzimos que não existe nada fora do amor. O que é contrário à lei de Deus, na realidade não existe de forma absoluta; podemos afirmar que o seu existir tem caráter simplesmente transitório.
Ao atuarmos de acordo com a lei do Criador, entramos em Seu campo vibratório, e passamos a desfrutar da nossa herança, que é a vida em toda sua plenitude.

- Quando agimos fora da lei de amor, nos desequilibramos e fica registrada a necessidade de reparação. A criação providencia que pela lei do retorno voltemos ao equilíbrio, refazendo o caminho percorrido, em sentido contrário, dessa vez retomando o campo do amor. Não se trata de punição, mas de resgate de uma alma para o seu caminho adequado.

- Religiosidade: escolher o caminho do amor para nos ligarmos à presença divina que está em tudo. Estar ligado a Deus em nossa vivência cotidiana através da experiência de Deus que fazemos no íntimo de nosso coração.

- A prática religiosa pode facilitar esse processo de ligação:

Fortalecimento espiritual e psicológico

União com outras pessoas, formação de laços

Vinculação a um ideal de amor, de bem, de religare

Manter um padrão de equilíbrio

Auxilia na formação de valores para a vida...

- Mas precisa ser um exercício de amor e de verdade.

Senão torna-se uma prática artificial, puritanismo sem sentido, só para “fazer parte”, sem nem saber para quê, somente alimentando mais nossas vaidades com autoritarismo e orgulho.

Superar o “parecer, ter” para alcançar o “ser”. Não seguir modismos, não prender-se a uma prática hipócrita, convencionalista e superficial.

ISTO É RELIGIÃO SEM RELIGIOSIDADE. Ações externas sem fé íntima.

- Libertar-se dos dogmas para questionar (pergunta com horizonte de resposta, e não ato banal) e encontrar uma relação integradora homem-Deus.

- Relação com a divindidade que “plenifica e o liberta da ansiedade, da solidão, do medo. As suas aspirações não se fazem atormentadoras; não mais surge a solidão como abandono e desamor, e dilui-se o medo ante uma religiosidade que impregna a vida com esperança, alegria e fé. O germe divino cresce no interior do homem e expande-se, permitindo que se compreenda o conceito paulino, que ele já não vivia, mas o Cristo nele vivia” .

“A religiosidade é uma conquista que ultrapassa a adoção de uma religião; uma realização interior lúcida, que independe do formalismo, mas que apenas se consegue através da coragem de o homem emergir da rotina e encontrar a própria identidade”.

Joanna de Angelis, em "O homem integral"

FECHAMENTO:

Reflexão:
- 842 (L.E.) : Como reconhecer uma crença verdadeira?

Pensar: O Espiritismo tem sido adotado por você de maneira a agir no bem? Se não, é preciso rever o modo como estamos adotando tal crença


* L.E.: Livro dos Espíritos; Allan Kardec

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dica de trabalhos artísticos com crianças

Para quem trabalha semanalmente com crianças, é um desafio bolar atividades criativas a cada encontro. Principalmente com crianças, é preciso sempre reunir os conhecimentos, as leituras, os conteúdos a alguma atividade prática. Tanto por ser mais atrativo, divertido e por dar um ritmo mais ativo, bem como porque isso facilita a apreensão dos conhecimentos.

Deixo com vocês a dica de um site onde há uma infinidade de atividades artísticas para crianças, é o espaço do Professor Sassá. Ele tem um programa televisivo, publica revistas, sempre mostrando maneiras criativas de se utilizar materiais simples para dar vida a muitas possibilidades.

Você pode também encontrar vídeos passo-a-passo no Youtube, como este em que ele ensina a fazer uma borboleta com materiais recicláveis. http://www.youtube.com/watch?v=fA2XyVt7sAQ


Como você usaria a confecção de uma borboleta numa aula de evangelização? Que tal no tema evolução, usando a metáfora da metamorfose? Ou quem sabe falando sobre desencarnação e reencarnação? Quais temas mais?

Passeie por lá, colha algumas ideias e adapte ao seu objetivo!

Professor Sassá

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Referências evangélicas nos livros de Emmanuel

É tão bom quando encontramos boas referências para fazermos nossos estudos, quando encontramos diferentes autores abordando o mesmo assunto. Mas nem sempre a gente encontra essas ligações logo de cara.


Encontrar on-line essa listagem com as referências evangélicas nos livros de Emmanuel é uma mão na roda!


http://www.slideshare.net/fajardo1960/ref-bibliogrficas-evangelho-obras-de-emmanuel

Em alguns dos livros dele há essa referência ao final (creio que na série dos livros de mensagens, como Pão Nosso, Fonte Viva, etc), mas é muito bom tê-la por perto no computador, a qualquer momento.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aulas Filosofia - Lei de Sociedade

Objetivos:

- Abordar o tema tendo como base O Livro dos Espíritos – Capítulo VII, Livro 3º.
- Apontar a família como primeira experiência de convívio em sociedade.
- Ressaltar o aspecto filosófico do tema. Levar os próprios jovens a refletirem e a chegarem a conclusões amplas sobre o assunto.
- Conceituar LEI.
- Demonstrar a utilidade do convívio em sociedade para o progresso intelectual e moral do homem.
- Demonstrar a aplicabilidade do tema às nossas vidas.





Desenvolvimento:- Contar a história da música “Lição das Cores”, comentar sua mensagem e ensinar a cantá-la (20 min.) 
OBS.: Essa música pode ser encontrada no site Viajante do Universo , onde há arquivos de músicas espíritas. Essa música está no cd do Coralzinho Irmã Ló (Irmã Ló é um grupo espírita de Belo Horizonte).

- Conceituar LEI (norma; obrigação imposta; regra; relação constante entre um fenômeno e sua causa) e introduzir a idéia de LEI DE SOCIEDADE (15 min.)


 - Teatro Interativo: Cenas cotidianas de uma família são encenadas, mostrando as dificuldades que enfrentamos no convívio em sociedade. A cada cena será feita uma intervenção, em que os alunos poderão expor suas opiniões e, inclusive, dialogar com as personagens. Durante as intervenções serão feitos questionamentos sobre o comportamento das personagens, a freqüência em que situações semelhantes ocorrem em nossas vidas, as possíveis reações, qual tipo de reação seria ideal naquelas situações, etc... (30 min.)

- Fazer um relaxamento com as crianças para reservar alguns minutos para reflexão sobre o assunto.

Cada um deve sentar ou deitar da forma mais confortável possível e fechar novamente os olhos.
Exercício de Respiração:
a)    Inspirando pelo nariz, enquanto conta mentalmente até 4
b)    Prendendo a respiração – contar até 4 com a respiração presa e em seguida expirar, contando até 4
c)     Repete-se o exercício de 6 a 7 vezes

Após dirigir o exercício, começar a ler o texto de reflexão e relaxamento:

Sinta cada parte do seu corpo... Os pés que nos sustentam; as pernas que usamos para nos locomover; os braços que fazem os gestos, que abraçam as pessoas que amamos; as mãos que escrevem, apontam, acariciam, trabalham; o rosto que expressa nossas emoções; os olhos, a boca, o nariz... Cada parte tem sua função e é muito importante.

Pense em como seria viver sozinho, isolado de tudo e de todos... Onde você estaria? Numa montanha, numa praia? Imagine...

Agora pense em como seria seu dia-a-dia. O que você comeria? Como você vive sozinho, teria que plantar, colher e fazer o próprio alimento. Mas quem te ensinaria a fazer isso? Você vive só e isolado. A quem recorrer? Quantas dificuldades... Com quem conversar?

Pense novamente em como cada parte de seu corpo é importante... Se lhe faltassem os pés, os olhos ou qualquer outro orgão, como seria sua vida? Você seria capaz de dizer qual parte não é importante em seu corpo?

Cada pessoa em sua vida também é muito importante... A vida em grupo nos ensina muitas coisas. Deus pensou em todos os detalhes... Seu lar, seus familiares, os colegas de escola... Cada grupo é muito importante!

O azul descobriu a importância das outras cores quando se viu só... Será preciso estar só para reconhecer a beleza de se viver em grupo? Pense em todas as pessoas que você ama... Dê um abraço forte em cada uma delas!!!

Abra lentamente os olhos e veja o grupo ao seu redor... Cada um de nós é um membro essencial.

- Após o Relaxamento abrir espaço para comentários sobre o que pensaram nesse momento.


Particularmente, ao reler essa aula a achei muito longa, com muitas atividades, o que pode ficar cansativo. Pensei em editá-la, mas depois repensei e quis deixá-la como estava, pois as técnicas poderiam auxiliar os evangelizadores em outros contextos. Enfim, adapte, use a imaginação, faça suas ligações como preferir.




Anexos:


Música: Lição das Cores

Pense numa cor...
Na luz a encontrará
O branco é uma ilusão das cores todas que há
Brincando de esconder para só aparecer se o sol a chuva molhar e a viúva casar
O violeta da violeta... O amarelo o sol...
O azul do céu azul... O laranja do arrebol...
O verde do mar bonito... O vermelho do cardeal...
Todas essas cores moram na luz do sol

Se seus olhos fossem prismas mil cores você veria
Na mais perfeita ordem: cada uma um lugar teria
Mas seus olhos não podem ver, pois nenhuma quer parecer melhor que todas as outras
Você quer saber por quê?

Uma lenda diz que o azul no início se rebelou
As outras cores, então, prendeu e tudo de azul pintou
Ninguém viu mais as rosas, nem os passarinhos ou as flores mimosas
Tudo azul, tudo azulzinho...
O mundo entristeceu e o azul compreendeu que só era belo na presença do amarelo
As cores, então, soltou e tudo se coloriu
A alegria, então, voltou e o mundo feliz sorriu J
Deus que tudo observava feliz, tão feliz ficou
Que em reconhecimento de azul todo céu pintou
O dia amanheceu e o mundo raiando viu um manto de infinito amor que o cobriu
Luminosa sabedoria!
Cada cor parece saber que a perfeita harmonia é a chave do bem viver
Se a união resulta em luz
Só a luz permite ver
Que a beleza de cada um depende do outro ser


Possibilidades de cenas para o Teatro Interativo

Cena 1 – Café da Manhã
Mãe serve a mesa do café. Só há um biscoito no prato e João o pega.
João:   _Oba! O último biscoito!!! E é meu!
Maria:  _Olha, mãe! Só tem um biscoito e o João pegou pra ele!!!
João:   _É meu!!!! Tô em fase de crescimento, preciso comer bem!
Maria:  _Só se for crescimento para os lados!!! Guloso! Eu quero o biscoito!!!!
João:   _Ô, mãe, por que a senhora não comprou mais biscoito? Ta cansada de saber que eu gosto desse...
Mãe:    _João e Maria, é final de mês, o pai de vocês ainda não recebeu, enquanto isso comemos o que tem. E vocês: por que não dividem esse biscoito?

Intervenção do coordenador sobre a cena, pedido de oipinões da platéia...

Cena 2 – Avó assiste TV
Avó assiste TV, as crianças chegam à sala e começam a brincar falando alto.
Avó:    _Crianças, falem baixo! A vovó está assistindo televisão...
João:  _Ah, vó esse programa é muito chato!
Avó:    _ Mas eu gosto, Joãozinho!
Maria: _Deixa a gente ver desenho animado então! A gente não pode brincar, não pode ver desenho... Que meleca!
Avó:    _ Por que vocês não brincam lá fora?

É feita a intervenção.

Cena 3 – Pai chega do trabalho
Pai chega cansado do trabalho e as crianças o chamam para brincar
João:   _Pai!!! Pai, me carrega de cavalinho!!!
Maria: _Não!!! Eu primeiro!!! João, você nunca ouviu falar que primeiro são as damas?!
João:  _ Você é uma pirralha!!!!
Pai:     _Crianças, não é hora pra brigar! Olhem, eu trabalhei o dia inteiro. Estou muito cansado, não dá para brincar agora.
Maria: _Ah, pai... Você ficou o dia fora, agora tem que brincar com a gente!!!
João:   _É, pai!!!! Vamos brincar!!!

É feita a intervenção.


Esta é só uma das infinitas possibilidades de gerar reflexões sobre este tema. Exercite-se a partir do que está aqui, faça leituras, aprofunde o tema, abra seu canal de inspiração.
Faça bom uso dessas ideias iniciais e adapte como achar melhor para o contexto em que for aplicar.
Se depois quiser compartilhar conosco suas adaptações, será muito bom. Assim enriquecemos ainda mais nosso conhecimento!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aulas Filosofia - Tema: Quem somos nós?

Nessa época, estávamos introduzindo o trabalho com pré-mocidade na evangelização da Casa Espírita que eu frequentava. Fizemos um programa especialmente para esse ciclo, tentando levar em consideração as demandas dessa faixa etária, seu grau de compreensão, bem como aspectos que poderiam ser melhor aprofundados.

Iniciamos os temas pelo aspecto filosófico da doutrina. O primeiro encontro tinha como objetivo conhecer a turma, proporcionar um espaço de integração e iniciar o clima da investigação filosófica introduzindo a nossa grande questão humana: Quem somos nós?



QUEM SOMOS NÓS – UM TRABALHO DE REFLEXÃO

- Recepcionar os alunos e entregar a cada um uma peça de um quebra-cabeça e pedir que a guardem. (10 min.)
- Em roda, pedir que se apresentem dizendo o nome e a idade. (10 min.)
- Entregar papel e lápis para cada um e pedir que definam em apenas uma palavra quem eles são. Logo que terminarem, dividir o grupo em duplas. (10 min.)
- Como somos muito mais que uma só palavra, será pedido que cada um pergunte ao seu companheiro de dupla qual foi a palavra escolhida e o porquê dela. Além disso, deverão saber o máximo de informações sobre o colega (se estuda, o que gosta de fazer, como é sua família...) (10 min.)
- Voltando ao grupo inicial, serão feitas perguntas a um componente de cada dupla sobre seu colega (Ex. : Quantos irmãos ele(a) tem?  Qual sua cor preferida? Qual é a matéria preferida na escola?) Fazer perguntas bem específicas. Em tom de gincana, se acertar a dupla ganha um prêmio (um bombom, um joguinho...) (15 min.)
- Cada um, individualmente, escreverá ou desenhará sobre ele mesmo no mesmo papel onde se definiu em uma palavra. Falar de seus sonhos, de sua vida, como é seu cotidiano. (15 min.)
- Retornando ao grupo, deverão montar o quebra-cabeça com as peças que receberam no início da aula. Faltarão peças. Será dito que a peça principal do quebra-cabeça está em uma caixa (apresentar a caixa). Cada um se dirigirá até a caixa, enquanto os outros estão sentados em seus lugares, observará a peça e retornará à roda em silêncio.
Na caixa haverá um espelho.

- Abriremos aos comentários. Para resolvermos os problemas da vida, que se assemelham a um quebra-cabeça, é preciso reconhecer que a peça principal somos nós mesmos. Reflexão e autoconhecimento. (20 min.)
- Fazer um mural com os textos e desenhos de cada um, com o título “Quem somos nós” (5 min.)
- As peças restantes do quebra-cabeça serão distribuídas para terminarem de monta-lo. (5 min.)


Esta é só uma das infinitas possibilidades de gerar reflexões sobre este tema. Exercite-se a partir do que está aqui, faça leituras, aprofunde o tema, abra seu canal de inspiração.
Faça bom uso dessas ideias iniciais e adapte como achar melhor para o contexto em que for aplicar.
Se depois quiser compartilhar conosco suas adaptações, será muito bom. Assim enriquecemos ainda mais nosso conhecimento!

Filosofia Espírita para Crianças

Já faz um bom tempo que conheci o projeto "Filosofia Espírita para Crianças". Na época, estávamos montando um programa de estudos para a pré-mocidade que contemplasse os três aspectos da doutrina espírita: filosofia, ciência e religião.

Compartilho aqui o texto da idealizadora do projeto, Rita Foelker, que pode nos auxiliar na reflexão sobre o papel do educador espírita:


Ensino Filosófico e Ensino Religioso
(Rita Foelker)

O que podemos entender por Educação Espírita? Essa expressão pode ser entendida em dois sentidos: 1º) como uma espécie de formação sectária das crianças e dos jovens, uma forma de transmissão dos princípios espíritas às novas gerações, e portanto um assunto doméstico, restrito ao lar e às escolinhas que funcionam nas Federações e nos Centros Espíritas, à semelhança do que se faz nos catecismos das igrejas; 2º) como um processo de formação universal das novas gerações para o mundo novo que o Espiritismo está fazendo surgir na Terra.
(Herculano Pires em "Pedagogia Espírita", Ed.Edicel.)

A Educação Espírita tem como objetivo desenvolver o Ser humano integral, possibilitando o desabrochar de todos os potenciais do espírito, sejam intelectuais, afetivos ou morais. Não podemos encarar a Educação Espírita de maneira bitolada e fanática, como se apenas visássemos transmitir um conjunto de princípios dogmáticos e interpretações de textos.


Não se pretende, com ela, aumentar o grupo das pessoas que comungam nas mesmas crenças, nem encher os Centros de espíritas, mas abrir as portas do autoconhecimento e do conhecimento das leis da vida, para que daí resultem atitudes mais coerentes com as finalidades evolutivas da existência, em todos os sentidos.
Por isso, uma prática no estilo de catequese não se coaduna com os seus propósitos.

O ensino do Espiritismo para crianças, jovens e adultos não poderá se revestir das características do ensino religioso, nem com este ser confundido, mas tem muito pontos em comum com o ensino filosófico:
por partir de questionamentos e hipóteses com os quais trabalhamos, buscando raciocínios e argumentos científicos que ajudem a chegar a conclusões; por pedir reflexão, estudo, aprofundamento e imparcialidade na análise dos assuntos; por não excluir possibilidades, nem limitar a liberdade de pensamento devido a concepções religiosas quaisquer.

Isto tem influência em toda a estrutura do trabalho educacional, desde a metodologia adotada aos recursos didáticos, à dinâmica das aulas, ao relacionamento do grupo e à própria maneira do educador encarar e realizar a sua tarefa.

Não se passam informações simplesmente assumidas como verdadeiras e ponto-final, mas estimula-se o diálogo. Promove-se a interação, forma-se um grupo de investigação e busca da verdade, em que o aprendizado e o prazer da descoberta são simultâneos. Não se teme dúvida ou contestação, aproveitando as controvérsias para retomar os argumentos e reforçar nossa fé no que acreditamos. Torna-se o aluno agente do seu aprendizado, permitindo que construa sua visão de mundo e expresse seus conteúdos e opiniões com segurança e sinceridade.

A Educação Espírita não tem cunho religioso, mas filosófico - assim como a própria Doutrina Espírita - mesmo possuindo inevitáveis conotações morais que tocam em temas quase sempre pertencentes ao âmbito da Religião, como as conseqüências destes estudos no campo moral, nas nossas atitudes perante Deus, perante nós mesmos e perante o próximo.

Herculano Pires afirma que as duas definições acima são corretas, e que o que não podemos é nos contentar com a primeira, esquecendo-nos da segunda. Se nos detivermos na primeira, faremos somente "catecismo espírita". Mas se entendermos a proposta do Espiritismo na sua verdadeira abrangência,realizaremos muito mais em prol destas gerações que aí vêm.

Fonte: Filosofia Espírita para Crianças

Indicação de site

Bíblia on-line: http://www.bibliaonline.com.br/

Super fácil de consultar, aparecem os capítulos completos de todos os livros bíblicos.